sábado, 26 de setembro de 2009

CONCLUSÃO DA ETNOGRAFRIA DA PRÁTICA ESCOLAR

CONCLUSÃO
Através da observação da escola percebemos o quanto este trabalho foi importante. Tanto o projeto quanto os planos de aula tem como base a etnografia da prática escolar. A observação da escola nos permitiu conhecer quem são os atores da Escola Lagoa Dourada: diretores, coordenadores, professores, funcionários e alunos. Este último observado com maio detalhe: Quem são, o que já sabe e o que precisa saber. Sem este trabalho de observação seria impossível o desenvolver um trabalho eficiente que contemple os necessidades dos alunos observados.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Resgate Histórico: saberes pessoais e pré-profissionais

A escola que aprendi ler e escrever, não era uma escola formal, era a casa da vizinha que ficava à 30 metros da minha casa. Creio eu que foi com cinco anos de idade que comecei a estudar. Muito tarde para os padrões de hoje. Dois anos depois estava cursando a 2ª série do 1º grau. Modéstia à parte recebia muitos elogios por causa da minha inteligência. Não precisei nem de cursar o 1º ano.

Fui alfabetizado no método tradicional de ensino. No tempo da velha cartilha A, B, C. Começávamos primeiramente a conhecer as letras, que eram associadas a um objeto. Depois fazíamos cópias das letras repetidas vezes. Logo após íamos para a formação de silabas, a seguir palavras e por último o a leitura do texto. Diferente de hoje que primeiramente trabalha com textos contextualizados. A relação professor-aluno era vertical. Não existia uma relação de afetividade, eu tinha medo da professora. A professora era a dona do saber a encarregada de transmitir o conhecimento e nós os receptores passivos que recebia assimilava o que era transmitido. O dia mais sofrido era o dia da prova oral da tabuada. Cada operação respondida errada, a palmatória descia em nossa mão.

Neste caso a avaliação media a quantidade de informação absorvida ou decorada. A ênfase estava na memorização e na reprodução do conteúdo por meios de exercícios. Nossos pais depositavam total confiança na escola e nos educadores.

Durante toda a minha vida escolar (do 1º grau até a conclusão do 2º grau) recebi uma educação tradicional. O professor assumia o papel de detentor do poder. O uso do fardamento era padronizado e obrigatório.

Existia uma valorização da concorrência entre os alunos, reprimidos por um sistema avaliativo classificatório que hoje, ainda é adotado por muitas escolas. Nesse sistema o professor trabalhava com recompensas e castigos.

A metodologia adotada tinha por principio o aprender mecânico, sem a relação com o real. As aulas eram expositivas centradas no professor.

Durante as aulas as carteiras e os alunos eram postas uma atrás das outras e ficavam sempre enfileirados. Lembro-me muito bem das cópias e dos exercícios de fixação. Traumático pra mim foi quando a professora de português pediu pra escrever 50 vezes as conjugações verbais. Não memorizei nada.

A avaliação valorizava os aspectos cognitivos, supervalorizando a memória e a capacidade de restituir o que foi assimilado. A decoreba fez parte de toda a minha vida escolar. Tinha que decorar questionário de história, geografia, ciências. Lembro-me de um professor que queria a resposta exatamente como estava no livro, ponto por ponto e vírgula por vírgula. Se faltasse o ponto do i, a questão era considerada incorreta.

CONCLUSÃO DA ETNOGRAFRIA DA PRÁTICA ESCOLAR

CONCLUSÃO Através da observação da escola percebemos o quanto este trabalho foi importante. Tanto o projeto quanto os planos de aula tem com...