Fui alfabetizado no método tradicional de ensino. No tempo da velha cartilha A, B, C. Começávamos primeiramente a conhecer as letras, que eram associadas a um objeto. Depois fazíamos cópias das letras repetidas vezes. Logo após íamos para a formação de silabas, a seguir palavras e por último o a leitura do texto. Diferente de hoje que primeiramente trabalha com textos contextualizados. A relação professor-aluno era vertical. Não existia uma relação de afetividade, eu tinha medo da professora. A professora era a dona do saber a encarregada de transmitir o conhecimento e nós os receptores passivos que recebia assimilava o que era transmitido. O dia mais sofrido era o dia da prova oral da tabuada. Cada operação respondida errada, a palmatória descia em nossa mão.
Neste caso a avaliação media a quantidade de informação absorvida ou decorada. A ênfase estava na memorização e na reprodução do conteúdo por meios de exercícios. Nossos pais depositavam total confiança na escola e nos educadores.
Durante toda a minha vida escolar (do 1º grau até a conclusão do 2º grau) recebi uma educação tradicional. O professor assumia o papel de detentor do poder. O uso do fardamento era padronizado e obrigatório.
Existia uma valorização da concorrência entre os alunos, reprimidos por um sistema avaliativo classificatório que hoje, ainda é adotado por muitas escolas. Nesse sistema o professor trabalhava com recompensas e castigos.
A metodologia adotada tinha por principio o aprender mecânico, sem a relação com o real. As aulas eram expositivas centradas no professor.
Durante as aulas as carteiras e os alunos eram postas uma atrás das outras e ficavam sempre enfileirados. Lembro-me muito bem das cópias e dos exercícios de fixação. Traumático pra mim foi quando a professora de português pediu pra escrever 50 vezes as conjugações verbais. Não memorizei nada.
A avaliação valorizava os aspectos cognitivos, supervalorizando a memória e a capacidade de restituir o que foi assimilado. A decoreba fez parte de toda a minha vida escolar. Tinha que decorar questionário de história, geografia, ciências. Lembro-me de um professor que queria a resposta exatamente como estava no livro, ponto por ponto e vírgula por vírgula. Se faltasse o ponto do i, a questão era considerada incorreta.
ALBÉRICO
ResponderExcluirCOMO TRANSFORMAR ESTA ESCOLA TRADICIONAL EM UM ESPAÇO RICO EM APRENDIZAGENS?
PENSE E TRANSFORME A SUA SALA DE AULA NESTE ESPAÇO.
UM ABRAÇO,
EDJANE